Mulher no jornalismo esportivo: uma luta diária


    As mulheres no decorrer da história sempre lutaram por seus direitos, um deles de se tornar profissional da área esportiva, pois não podiam ao menos assistir a uma partida de futebol. No início do século XX, mesmo sofrendo muito preconceito conseguiram aceitação nesse campo e começaram a conquistar espaço como espectadoras, aos poucos alterando todo o cenário e criando sua própria importância dentro do esporte.

    O jornalismo esportivo era bastante praticado pelos homens, porque haviam convicção que as mulheres não entendiam de futebol tanto quanto eles. Apesar de, já conviveram dentro do universo esportivo, elas ainda lutam para provar que são capazes de competir nesse espaço dominado por homens e por pensamentos machistas. O preconceito inicia dentro das redações, onde colegas colocam em dúvida a capacidade de uma mulher que passa a se destacar na área. Durante as coberturas nos estádios de futebol, as mulheres sofrem assédio sexual, muitas delas passam por isso até hoje.

    A jornalista Isabela Labate relata, que os comentários são que não conseguem entrar lá por competência e sim pela beleza “Ah, ela é bonitinha e por isso ela está lá”. Já a jornalista Mayra Siqueira, fala que pelo fato de ser mais homens que mulheres no meio, quando aparece uma repórter nova é “Carne nova no pedaço, todo mundo vai pra cima”

    Para Vanessa Gonçalves, “trabalhar no futebol ou no esporte não pode haver envolvimento efetivo com atletas” e esses assédios ocorrem não só por parte dos atletas, mais também por colegas de trabalho, chefes e principalmente pelos torcedores por serem a maior parte. Um exemplo disso foi o beijo que o jogador de NBA Tristan Thompson, deu na jornalista de Fox Sport Allie Clifton durante uma entrevista nos Estados Unidos, deixando-a constrangida e sem ação.

    Portanto, a mulher tem que se mostrar sempre forte, acreditar em um jornalismo esportivo cada vez mais justo e igualitário, não se deixar levar pelas críticas e por facilidades oferecidas pela sua beleza, mostrando cada vez mais que são capazes, buscando uma representação profissional respeitada e valorizada. Persistindo para mudar os estereótipos existentes, lutando contra o preconceito e pensamentos machistas da sociedade.

Por: Hellen Barbosa
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